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domingo, 8 de setembro de 2013

Liberdade: uma palavra confortável para quem sonha e incômoda para os agressores da população



O triste episódio ocorrido no sete de setembro na cidade de Americana/SP, onde o Grito dos Excluídos, composto na maioria por jovens, foi interceptado, violentamente reprimido e violentado no seu direito e ir e vir, apesar de haver um acordo entre as partes que os protestos pacíficos, sem máscaras, iriam fechar o desfile, nos faz refletir sobre que liberdade é essa, onde apenas quem tem o trono pode desfrutar dela?

Vários jovens, menores, mulheres e idosos saíram feridos, por uma guarda municipal enlouquecida, com sua tropa de choque pronta para atacar todos os participantes do Grito. É para isso que eles querem andar armados? É para isso que querem o direito de polícia? Bater em jovens, homens e mulheres e idosos desarmados e de caras limpas chama-se covardia.

O fato de Americana, não só agride a liberdade, mas coloca a cidade em alerta, pois a atitude de um guarda, que comandava a tropa ao puxar uma arma para o Tenente-Coronel da Polícia Militar da cidade Sergio Canno, que intervia pela população, deixa uma clara visão de que, a cidade tida como a sétima melhor do Estado de São Paulo para se viver, as regalias só estão disponíveis para os amigos do prefeito. Todos aqueles que discordarem serão tratados como bandidos.

Paulo Freire dizia: “Os opressores, falsamente generosos, tem necessidade para que a sua "generosidade" continue tendo oportunidade de realizar-se, da permanência da injustiça”.

Aqueles jovens, ao caminharem no Grito dos Excluídos, clamavam por liberdade, não para eles, mas por uma sociedade justa, fraterna e igual, assim como denunciavam a corrupção existente na cidade e a truculência de comissionados do prefeito, que os agride em todos os atos da cidade. Porém, jamais esperavam que fossem agredidos por quem é pago pela população, para defendê-la, justamente porque a população também faz parte do patrimônio da cidade.

Liberdade, uma nobre palavra, contida em versos e prosas, onde várias pessoas de várias partes do mundo deram suas vidas pela sua conquista e onde torturadores e assassinos lutaram para suprimi-la.

Viver livremente, poder pensar, se expressar contrariamente quando necessário, ter o mínimo do básico para sobreviver, ter os direitos constitucionais garantidos e, sobretudo, ter o direito de escolher o próprio destino. É esse conceito de liberdade que o Grito dos Excluídos bradava pacificamente pelas ruas da cidade e que homens e mulheres fardados, atendendo a um comando do gestor principal, interrompeu.

Porém, como a busca pela liberdade, por aqueles que sonham, jamais morrerá, a luta desses jovens americanenses e de outros setores da cidade. certamente não morreu no episódio de sete de setembro.

“Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância”. (Simone de Beauvoir)

“Todo mundo chama de violento a um rio turbulento, mas ninguém se lembra de chamar de violentas as margens que o aprisionam”. (Bertold Brecht)

Queremos a liberdade plena para o povo americanense e não essa liberdade suprimida através dos grandes e pequenos detalhes, arquitetados por quem comanda o poder no Paço Municipal da Avenida Brasil.



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