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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Qual sua contribuição para uma nova sociedade?

Imagem: motasusart.blogspot.com

O que vem além das críticas muitas delas apenas reproduzidas?

Quero iniciar essa conversa citando o importante debate que assisti ontem na Fundação Perseu Abramo sobre Classes Sociais, iniciado pela urbanista Ermínia Maricato e concluído pelo Presidente da Fundação, Marcio Pochmann.

Marcio fez uma ampla discussão sobre o Brasil na atualidade, citando os principais aspectos da conjuntura atual e apontando alguns desafios para construção de uma nova sociedade. O que me chamou mais a atenção foi o fato defendido por ele, de que a extrema maioria dos trabalhadores dessa nova classe trabalhadora, que emerge no país, nos governos Lula e Dilma não é sindicalizada e mais: até que ponto os sindicatos lhe representam, a partir do momento que essas instituições passam por determinada crise, que a meu ver é inclusive de identidade ideológica, onde antes de ser de mudança de diretorias é institucional, de modelo e de concepção.

Marcio aborda ainda a perda da hegemonia do Estado de São Paulo, como carro chefe da nação em termos econômicos, a partir principalmente da má administração dos últimos 20 anos e sobre essa nova classe trabalhadora ser composta mais do setor de serviços. Algo novo a ser administrado dentro inclusive da luta de classes.
Falando-se de uma nova sociedade, imagino ser impossível discutir o futuro se não for alimentado por sonhos. São eles os grandes responsáveis por pautar nossas vidas, pois sonhar é viver.

Sou adepto do pensamento de que viemos ao mundo para uma missão. Essas missão para alguns é se dar bem na vida e para outros é dedicar sua vida na construção de uma sociedade melhor. Quem descobre sua missão em tempo, acaba associando-a a um trabalho constante e que não descobre faz de sua vida apenas um passatempo.

O ato de governar também passa por essa leitura. Alguns gestores, que vieram ao mundo a passeio, usam esse importante espaço de poder, ou para usá-lo em benefício próprio ou simplesmente desperdiça a oportunidade de contribuir na preparação e na construção de uma nova história.

Aprendi na minha militância política, que valores podemos mudá-los, que inclusive as mudanças seguem a trajetória das nossas vidas, porém princípios jamais, pois são eles os responsáveis por nossas escolhas presentes e futuras.

Alegro-me a cada gestor que encontro que está focado em usar o espaço que tem para fazer uma pequena revolução, dando sua contribuição na luta contra as desigualdades e construindo espaços participativos visando a inclusão de pessoas que perderam a vontade de sonhar.
Por outro lado me indigno com gestores que adotam um lobista para resolver seus problemas, pois a extensão disso é a venda da alma do povo pobre em troca de recursos para sua reeleição. Um dos caminhos corrupção.

A sociedade precisa se reinventar. Quem sabe se humanizar. Discutir valores, rever conceitos que levam ao preconceito, buscar simplesmente o sentido da vida.  

Como dizia Carlos Matus: o gestor não devia esquecer nunca que seu pode é emprestado pelo povo.


Antonio Lopes Cordeiro
Pesquisador em Gestão Pública e Social
Laboratório de Gestão e Políticas Públicas - Fundação Perseu Abramo

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