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quarta-feira, 23 de março de 2016

A espera ansiosa da direita e do PIG pelo primeiro cadáver


De repente voltamos ao cenário do início do fatídico ano de 1964. Um clima de revolta abala a sociedade. De um lado golpistas e fascistas de toda ordem e do outro os defensores de uma causa, misturados à população atônita pelo que possa ocorrer.

Um clima de incerteza invade mentes e corações de quem já viveu essa mesma situação. Não sabemos sequer o que pode ocorrer no final de cada dia.

No olho do furacão, dois setores necessitam destaques. O primeiro setor empresarial, envolvido no processo cultural de corrupção através da sonegação fiscal e achando que isso não é corrupção e sim meio de sobrevivência, usa de forma clássica a crise de origem mundial, para aumentar os preços, demitir pessoas e pressionar de todas as formas a queda de conquistas trabalhistas históricas, através de seus aliados e representantes do Congresso Nacional. Tudo em nome da democracia e da ordem pública. O segundo muito mais pernicioso é a mídia golpista, pertencente a apenas seis famílias abastadas, com todos seus instrumentos, que prega o ódio diário e a divisão de classes, jogando uns contra os outros. No meu entendimento é a mídia, a grande responsável pela desavença atual e toda violência que ocorre em vários setores da sociedade.

O que pretende essa turma de golpistas juntos, além do golpe? O primeiro cadáver em confronto de ruas como já ocorre no futebol, para que o PT, Lula e Dilma sejam responsabilizados? Uma revolução para matar milhares de pessoas? Uma convulsão social que abale as estruturas da democracia? Como se permite ameaças declaradas de vários setores ao Ministro Teori e a divulgação do endereço de seu filho para ser linchado em nome do combate da corrupção e a imprensa maldita achando isso normal? Como admitir que a polícia brucutu de Alckmin proíba sob repressão, que petistas se reúnam, em plena democracia e isso ser encarado como normal? Como espionar a Presidenta da República e o ex-presidente Lula e também acharem isso normal, ferindo a Constituição? 

A única saída possível diante de um cenário tão conturbado será a organização popular e o enfrentamento ao desmonte das instituições e do processo democrático tão frágil da atualidade. Organizar e enfrentar para que as conquistas não sejam surrupiadas.

É bom que os golpistas saibam. Se acharem que o povo vai ficar de braços cruzados com impeachment de Dilma sem provas de crimes de responsabilidade e a prisão de Lula, também sem provas, tenham a certeza de que uma vez que isso ocorra, será como o rompimento de uma enorme barragem. Não haverá mais controle da situação.

Quem viver verá.
Antonio Lopes Cordeiro
Pesquisador em Gestão Pública e Social
tonicordeiro1608@gmail.com

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