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sábado, 27 de janeiro de 2018

24 DE JANEIRO DE 2018: UM DIA TÍPICO NO BRASIL

“Não pode ser candidato. Se for, não pode ser eleito. Se eleito, não pode tomar posse. Se tomar posse, não pode governar”. Não. Esta frase não foi dita em 2014 para alinhar a inalienável PresidentA Dilma. Esta frase foi proferida pelo jornalista Carlos Lacerda no ano de 1950 para tentar alinhar o postutalnte a presidente da república, depois de 15 anos governando o país - com golpe e tudo- (1930 - 1945), Getúlio Vargas e tirá-lo do pareô de concorrer às eleições. Getúlio foi candidato e ganhou. Governou até quando pôde. Saiu no caixão. Mas, não cedeu. Ou melhor, cedeu a vida no lugar da entrega. Neste país a história de repete. Como farsa ou como tragédia, viu, Marx. Se repete. E, dia 24 de janeiro de 2018 será mais um dia de repetição da história. Devemos lembrarmo-nos de que já a fizemos de formas distintas em diversos momentos. A nossa história já foi de revoltas; de levantes; de Canudos, de Balaiadas, Alfaiates, Malês... Foi e é de quilombo. O fato deste texto ser escrito por mim já apresenta o que é resistência de um povo. 
No entanto, não adentrando no vergonhoso juridicamente; no torpe socialmente e seletivo escravagista penalmente; processo que condena o presidente Lula, no dia 24 de janeiro de 2018 não está em jogo somente um julgamento. Estaremos tratando da escrita de mais um capitulo da história do Brasil. História construída sobre os escombros de corpos indígenas e negros. Feita sob a negação da participação e contribuição das mulheres, para além dos choros da dores. História feita de nordestinos que somente “serviam a quem vence o vencedor”, - os vencedores moravam no Sul Maravilha, viu, Camões! Somente isso. Terras brasilis em que as Ilhas de riquezas formam o arquipélago desajuntado em geografia e organizadíssimo em sentimentos de perseguição e de matanças. Dia 24 estará na história. Não como um ponto fora da curva, mas como a lógica. A lógica? Poderia até ser. Mas, D. Lindu mãe do Lula, educou seu filho para ajudar a mudar a lógica.  
A lógica, esta senhora da razão, do raciocínio. Esta moça da ciência foi desafiada mais uma vez. Em outros momentos também o foi e, com tamanha grandeza para o seu tempo. Agora, em nossos tempos, também representa a mesma grandeza. Lula desrracionalizou a lógica e lhe pôs poesia. Introduziu a metáforas futebolísticas para falar que cabia um keinesianismo na economia. Apresentou para o reinado súditos cansados. Não de trabalho, mas cansados de ser súditos. E, os reis ficaram sabendo que haviam no Brasil uma legião de pessoas com capacidade extraordinária para fazer o neodesenvolvimentismo seguir. Isso foi cutucar a onça varas curtas, Singer? Bem provável, né!?
O fato não é este. Somente quero expor que não se trata de amor, este texto. Na ciência tem de caber poesia para que a gente entre. E, que a gente puxe mais gente, mais gente nossa, como me orienta o maior movimento, a meu ver, de resistência no Brasil hoje, que são os movimentos diversos e em varias frentes que as mulheres negras fazem. E nos ensinam. 
Lula não desafiou ninguém. Lula negocia até as pessoas perceberem que entre o Estado e a Nação há pessoas... e, o entendimento de Estado-Nação somente se faz com a devida porosidade. A questão está em que a elite brasileira foi constituída pela negação, não pela afirmação. Assim sendo, não era para entrar ninguém. Mas, entrou. Entrou e fica. Já está na história. Se a história da gente fosse com as perdas individuais a gente já havia sucumbido. A nossa é coletiva.  
Enquanto gestor e político, antes de Lula somente Getúlio, mesmo sendo filho da elite agraria do Sul ousou a fazer a novidade. E fez. Pagou com a vida. Para conseguir apontar a arma contra a própria cabeça precisa de ter os 10 dedos da mão em riste contra. Lula não tem. Somente tem 9. Um dos dedos se foi ajudando este Brasil a sem maior e caber mais gente. Este que sustentaria jamais nasceu porque não seria ou será usado. A coragem de Getúlio neste momento é revivida e reorientada por Lula. Guerras de posição e guerras de movimento é de acordo com o tempo, né, Gramsci... (este teve os olhos ofuscados pela luz da liberdade italiana a o as retinas não suportaram dois dias foras do Cárcere que valeu ao mundo os Cadernos). Lula é filho de muitos ensinamentos. Filho e uma força inaugural. De uma coragem descomunal. De uma audácia sem igual... de uma perseguição infernal. Não vencerão. 
24 de janeiro está na história do Brasil como uma das grandes datas. Das datas que a gente sente tristeza em que ocorra, mas alegria em viver ao lado de quem tem coragem. Como diz um amigo meu: “pode chorar pode mijar” vocês podem até escolher as datas, mas a gente escolhe a história. Presidente é povo e o povo tem um presidente. Tem o presidente: Luís Inácio Lula da Silva. Eleição sem Lula é fraude. Sigamos! 
Jocivaldo dos Anjos, 20/01/18

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